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BARREIRAS DE CONTENÇÃO

Quando ocorre um vazamento do óleo, procedimentos eficientes de contenção e proteção são vitais para assegurar a minimização dos impactos, evitando, tanto quanto possível, que recursos biológicos e socioeconômicos, bem como ecossistemas contíguos ao local do acidente, sejam atingidos.

Diante de um vazamento de óleo, concomitante ou não com as ações para a comunicação do incidente, interrupção da continuidade desse vazamento e monitoramento da situação, deve-se imediatamente adotar os procedimentos para a contenção física da mancha de óleo, tanto nas proximidades da fonte de vazamento, quanto ao longo da sua estimada trajetória, visando a redução da área de espalhamento da mesma e proteção de áreas vulneráveis.

Para tanto, em função da tipologia acidental, do produto vazado e das características ambientais no local do acidente, dispositivos de diferentes materiais e dimensões devem ser dispostos para contenção do óleo.

Em rios é comum que esses dispositivos de barramento sejam na forma de comportas e diques improvisados localmente com material disponível (pedras, terra, capim, palha, etc.) ou construídos (madeira ou alvenaria), mas os equipamentos comumente utilizados são as Barreiras Absorventes e as Barreiras de Contenção.

BARREIRAS DE CONTENÇÃO

 

  • Contenção e Concentração: A barreira é disposta em uma configuração particular, geralmente com auxílio de uma ou mais embarcações, para que possa conter e concentrar o óleo a ser recolhido. Alguns modelos possuem recolhedores acoplados.

  • Desvio/Deflexão de Manchas: Normalmente executada em rios e linhas de praia, fazendo com que as manchas sejam conduzidas a um local mais apropriado para a contenção e posterior recolhimento.

  • Proteção: Barreiras de contenção, conjugadas ou não com barreiras absorventes, são posicionadas, ancoradas ou arrastadas para desviar a mancha de óleo de áreas de importância ambiental, social e econômica, cuja contaminação por óleo deve ser evitada e que são prioritárias na proteção, como por exemplo, pontos de captação de água para abastecimento público, industrial, de usinas de energia e tanques de aquicultura, marinas, portos, áreas de concentração/criação de animais silvestres, como estuários e manguezais.

  • Prevenção: Barreiras de contenção são instaladas preventivamente ao redor de embarcações, plataformas, quando das atividades de carga/descarga, manutenção, em ambientes portuários.


Atualmente há uma grande variedade de modelos, formas, tamanhos, materiais e acessórios, como por exemplo, barreiras resistentes à queima do óleo, que podem ser rebocadas a velocidades de até 5 nós, com separadores água-óleo, recolhedores ou aplicadores de dispersantes acoplados, instaladas em ambos os bordos de uma embarcação, etc., permitindo o uso em diversas situações. Os tipos mais comuns são:

  • Barreiras Tipo Cerca: Constituídas por material rígido de polietileno ou semirrígido de poliuretano ou policloreto de vinila, são muito utilizadas em águas calmas, para proteção de cenários emergenciais previsíveis, como tomadas d’água , instalações industriais, canais de descarte de estações de tratamento de efluentes, terminais petrolíferos, canais de acesso em adutoras, usinas hidrelétricas, refinarias e áreas portuárias. Podem ser permanentes, ancoradas ou amarradas a flutuadores, com conectores fixo-flutuantes, adequando-se às variações de marés ou aos níveis sazonais dos rios. Têm a vantagem de possuir resistência à abrasão, corrosão e incrustação, serem de fácil manuseio, manutenção, limpeza e armazenamento, além de alta eficiência.

  • Barreiras Tipo Cortina: Geralmente manufaturadas em tecido resistente e revestido com poliuretano, poliéster, policloreto de vinila ou neoprene, flutuador sólido (câmaras de poliuretano, poliestireno, cortiça) ou inflável (câmaras infladas com ar) e saia flexível mantida por lastro de correntes ou cabos na sua extremidade inferior. Têm grande resistência à tração, boa maleabilidade para reboque e instalação e alta eficiência em mar mais agitado. Com diversas possibilidades de altura da borda livre, diâmetro dos flutuadores, altura da saia e comprimento dos lances, podem ser empregadas em várias situações e ambientes, como barreiras de contenção, deflexão ou proteção em águas interiores, rios rápidos e águas costeiras.

  • Barreiras de Assentamento: Geralmente manufaturadas em tecido resistente e revestido com poliuretano, ou policloreto de vinila, utilizadas na interface água-terra, nas margens das praias, estuários, manguezais, áreas alagadas. Possuem uma câmara de flutuação superior inflável e duas câmaras inferiores com água, que funcionam como lastro, dando assim estabilidade à barreira e eficiente selagem junto ao sedimento, evitando a passagem de óleo por baixo.

  • Barreira com Braços: Barreira de pequeno comprimento acoplada a sistema de braços articulados e recolhedor, podendo ser usada com uma velocidade de reboque até 3 nós. O braço é articulado no través da embarcação para o reboque da barreira de contenção, podendo uma única embarcação operar dois sistemas de barreiras simultaneamente, sem necessitar do apoio de uma segunda embarcação, oferecendo como vantagens uma resposta mais rápida e maior facilidade de manobras.

  • Barreiras Oceânicas: Geralmente manufaturadas em tecido resistente e revestido com poliuretano, poliéster, policloreto de vinila ou neoprene, resistente à radiação UV, são barreiras grandes, robustas e que necessitam de uma unidade de força para o lançamento e o recolhimento, de sopradores de ar para o preenchimento e maior habilidade do usuário. O limite para operação segura e eficiente das barreiras é até mar 3 ou 4 (escala Beaufort). Comercializadas entre 200-300 m de lance contínuo, em carretéis elétricos, em contêineres. Há modelos com sessões independentes, onde cada câmara é inflada separadamente ou modelos com um único ponto de enchimento.

  • Barreiras para Queima de Óleo: Utilizadas para conterem manchas com risco de incêndio ou para concentrar manchas para sua posterior ignição intencional. Os modelos atuais são construídos com uma manta de cobertura refrigerada à água através de uma bomba auxiliar, podendo ser utilizada várias vezes, pois é resistente a altas temperaturas. Pode deslocar a mancha incendiária para locais mais adequados, protegendo áreas sensíveis a altas temperaturas como navios-tanque, barcaças de combustíveis, plataformas de perfuração, exploração e produção, postos de serviços flutuantes e demais instalações marítimas e portuárias. No Brasil ainda não existe uma legislação específica para queima do óleo in situ.

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